Parapente/Paramotor

Publicado em sexta-feira, 19 junho 2015

Estas duas modalidades são universalmente consideradas práticas radicais de voo.

Paramotor - O desenvolvimento espectacular do voo em Paramotor, deve-se entre outros factores, às melhorias nos motores actualmente mais potentes e mais silenciosos, ao incremento do desenho de asas, melhores rendimentos e valias, desenvolvimento de parapentes especificos para o voo com motor e ainda ao desenvolvimento dos próprios pilotos de Paramotor, muitos tiveram uma formação prévia em parapente.

Com a democratização do voo através do Paramotor e devido ao seu baixo preço comparativo a outras modalidades aeronáuticas, vivemos hoje uma espécie de "novo nascimento da aviação", é pois uma forma de evasão, de ócio para puro prazer dos sentidos e emoções.

Mas as competições são sempre um meio de catapultar o voo ao seu expoente mais elevado.

Desde 1991 que se organizam competições regulares em França, o 1º campeonato espanhol foi em outubro de 1997 em Mansilla.

A FAI (Federação Aeronáutica Internacional) estabelece e tutela os campeonatos do Mundo e da Europa. Em 1993 na Republica Checa organiza-se o 1º Europeu da modalidade; a 1º Copa do Mundo de Paramotor teve lugar na Polónia em1994.

A França desde muito cedo se tinha revelado a potência do voo em Parapente motorizado... mas nos jogos mundiais do ar na Turquia em 1997 a Espanha revela-se ainda mais forte com nomes como Ramon Morillas, Nino Muelas, Dani Martinez, que não mais deixaram o domínio Internacional, quer vencendo medalhas, quer abrindo caminhos pioneiros, como a realização de raides através de distancias enormes, ou batendo records de distância e altitude.

Em 2004 realizou-se o Campeonato da Europa de aviação ultraligeira em Portugal (Castelo Branco) foi a 1ª experiência competitiva Internacional da seleção Lusa.

A prova para apuramento da seleção portuguesa "Pré-seleção 2004" realizada em Sines / Santiago do Cacém, fez história ao seleccionar os pilotos e dar corpo á 1º Selecção Nacional de Paramotor... todos os clubes de parapente e paramotor de Portugal foram convocados a participar.

A autonomia destas aeronaves aumentou muito, voos de 4 ou 5 horas transpondo enormes distâncias são vulgares para os pilotos mais experientes... o Paramotor pode mesmo voar a motor parado em correntes ascendentes e assim poupar combustível... alongando o seu raio de acção.

As competições em Paramotor são muito variadas, o que exige dos pilotos profunda experiência e capacidades várias no voo

Parapente (paraglider em inglês) é um aeroplano (aeronave mais pesada do que o ar), em cuja asa (inflável e semelhante a um pára-quedas, que não apresenta estrutura rígida) são suspensos por linhas o piloto e possíveis passageiros. Costuma-se denominar paramotor o parapente no qual um motor é empregado para propelir o piloto. O voo de parapente (conhecido em alguns países como paragliding) é uma modalidade de voo livre que pode ser praticado tanto para recreação quanto para competição (considerado esporte radical). Pode ser descrito como um híbrido entre a asa delta e o pára-quedas. Diferentemente do pára-quedas, o parapente oferece um voo dinâmico, onde o piloto pode controlar sua ascendência e direção, dependendo das condições meteorológicas como velocidade do vento.

A história do parapente começa em 1965 com a velasa (sailwing em inglês) criada por Dave Barish que chamou de slope soaring (voo de talude) a prática de voo com esta vela. Paralelamente Domina Jalbert inventa um pára-quedas cujo velame é composto por células, para gerar efeito asa. Este pára-quedas com dorso e intra-dorso, separados pelas células, foi o ancestral dos atuais pára-quedas, parapentes e kites (as velas do kitesurf). Desde então passaram a evoluir separadamente e atualmente a diferença mais importante entre pára-quedas e parapente é em relação ao chamado L/D (em inglês, Lift and Drag), ou coeficiente de planeio, que significa a distância horizontal que se pode atingir quando se parte de uma certa altura. Por exemplo: com um parapente de L/D 7, se a decolagem é feita de uma altura de 1 km, atinge-se 7 km de distância horizontal.

Nos parapentes atuais os L/Ds são superiores a 9, já os L/Ds dos pára-quedas são muito inferiores a este valor.